15/09/2015 às 13h09

Análise de Balanços e os índices de endividamento e alavancagem empresarial

Por Equipe Editorial

1. DESTINATÁRIO

Nome: CONTROLLER ASSESSORIA CONTÁBIL S/C – EPP 

Email: atendimento@controllercontabil.com.br

Nome Empresarial: CONTROLLER ASSESSORIA CONTÁBIL

Responsável: Alessandra Neiva Amorim

CNPJ/CPF: 04.779.668/0001-30

Telefones:

Origem: Multilex

2. SINTESE DA CONSULTA

Senha Assinante: 1TA 9UF 5OU

Prezados,

Solicitamos que analise as demonstrações contábeis da sociedade SANDALO EMPREENDIMENTOS IMOBILIARIOS e nos informe se a mesma apresenta uma boa situação financeira, tendo em vista o interesse de investimento.

 AS DEMONSTRAÇÕES FORAM ENVIADAS NO EMAIL atendimento@multilex.com.br

Att.

Lilia.

3. EMENTA DESENVOLVIDA

Análise de Balanços – Índices sobre Situação Financeira, Econômica e Operacional – Esclarecimentos

 Análise das Demonstrações Contábeis – Conceito

 Insumos da análise de balanços

 Preparação das demonstrações antes dos cálculos

 Tipos de Comparação – Análise Horizontal e Vertical

 Análise por meio de índices

 Índices sobre a Situação Financeira

 Índices sobre a Situação Econômica

 Índices sobre a Situação Operacional

 4. SOLUÇÃO DE CONSULTA

 Análise das Demonstrações Contábeis – Conceito

 A Análise de Balanços ou Análise das Demonstrações Financeiras é uma das quatro técnicas da ciência contábil, as outras são a escrituração, as demonstrações financeiras (balanços) e a auditoria. O termo “balanços” tem uma abrangência maior que o balanço patrimonial, significando a análise de todas as demonstrações contábeis e financeiras previstas pelas normas contábeis.

 Esclarecemos que essa técnica não tem base específica em nenhuma Lei ou norma contábil nacional ou internacional, portanto, todas as considerações a serem realizadas nesta solução de consulta têm por base as normas geralmente aceitas por profissionais e empresas usuárias da contabilidade.

 O objetivo da análise de balanços é “extrair informações das demonstrações financeiras para tomada de decisões (MATARAZZO, 2010, p. 4)

 Os dados extraídos e compilados sobre a forma de índices e/ou indicadores permitirão que os analistas concluam sobre a situação financeira, estrutura de endividamento e capitais, aspectos relevantes da política operacional, geração de caixa, entre outros aspectos importantes para uma conclusão sobre a entidade analisada.

 É premissa, para que os dados obtidos da análise sejam relevantes, que as demonstrações financeiras tenham sido elaboradas de acordo com as normas e princípios contábeis vigentes.

 Insumos da análise de balanços

 Os insumos básicos do processo de análise de balanços são os relatórios contábeis elaborados periodicamente pelas empresas e distinguem-se em obrigatórios e não obrigatórios.

 Os obrigatórios são aqueles definidos pela legislação societária, sendo mais conhecidos por “demonstrações contábeis” ou “demonstrações financeiras”. A Lei das S/A’s (Lei nº 6.404/76) determina que ao final de cada exercício social (12 meses) toda empresa deve apurar, com base nos fatos registrados pela contabilidade, as seguintes demonstrações contábeis:

 • Balanço Patrimonial;

 • Demonstração do Resultado do Exercício;

 • Demonstração dos Lucros ou Prejuízos Acumulados;

 • Demonstração dos Fluxos de Caixa; e

 • Demonstração do Valor Adicionado (companhias abertas)

 As demonstrações de cada exercício serão publicadas com a indicação dos valores correspondentes das demonstrações do exercício anterior. No caso das companhias de capital aberto (que tem suas ações negociadas em bolsas de valores) e as instituições financeiras, pela necessidade de melhor informar ao mercado em geral, devem apurar (e publicar) suas demonstrações contábeis a casa semestre.

 Os relatórios não obrigatórios não fazem parte da estrutura básica das demonstrações contábeis que devem ser elaboradas para efeitos de divulgação, sendo normalmente destinados ao uso gerencial interno. Muitos desses relatórios são bastante importantes para a análise, permitindo que sejam obtidas conclusões mais completas sobre a situação da empresa.

 Complementarmente as demonstrações financeiras obrigatórias, as companhias de capital aberto devem responsabilizar-se também pela publicação do Relatório da Diretoria, Notas Explicativas e Parecer dos Auditores.

 Preparação das demonstrações antes dos cálculos

 Antes de qualquer análise das demonstrações financeiras, é necessário realizar alguns ajustes e simplificações nas demonstrações em questão. Assim, os ajustes, simplificações e considerações no balanço patrimonial ocorrerão dessa forma:

• Caixa e Banco somados passam a se chamar Disponibilidades.

• Apresentar pelos totais os grupos e subgrupos do Ativo Circulante (AC), Ativo Realizável a Longo Prazo (ARLP), Ativo Não Circulante Investimentos, Ativo Não Circulante Imobilizado, Ativo Não Circulante Intangível, Ativo Não Circulante Diferido, Passivo Circulante (PC), Passivo Exigível a Longo Prazo (PELP), Receita Diferida, Patrimônio Líquido (PL).

• Duplicatas Descontadas devem ser apresentadas no passivo (circulante e/ou não circulante).

• Ativo Diferido: considerar como redutor do Patrimônio Líquido.

• As receitas diferidas (antigo resultado do exercício futuro) devem ser transferidas, somadas, ao passivo (circulante e/ou não circulante)

• Imobilizado em andamento não deve ser considerado no cálculo da rentabilidade do ativo.

• Imobilizados, classificados no ativo circulante (ativos não circulantes disponíveis para a venda), devem ser reclassificados no ARLP.

 Outra demonstração que sofrerá ajustes, simplificações e considerações é a Demonstração de Resultado, onde:

• As participações de empregados e diretores devem ser consideradas como despesas com pessoal.

• Juros Sobre Capital Próprio (JSCP) devem ser somados aos resultados do exercício, somente considerando o benefício fiscal do lançamento desse valor como despesas dedutíveis do IR.

• Tendo em vista a competência poderão ser necessários ajustes nas despesas incorridas e não pagas, assim como com relação às receitas recebidas e não ganhas. Esses ajustes terão reflexos na elaboração da DOAR e DFC.

• As despesas operacionais são apresentadas somente pelos seus grupos representativos.

Tipos de Comparação – Análise Horizontal e Vertical

 A análise das demonstrações financeiras se dá basicamente pela comparação de valores entre contas ou de grupo de contas em determinado exercício ou de exercícios diferentes. Quando o índice ou indicador no seu cálculo utilizar valores de um mesmo exercício ocorre à análise vertical, e quando na composição do índice ou indicador forem utilizados valores de exercícios diferentes, ocorre à análise horizontal.

 A análise horizontal avalia de forma nominal ou real, isto é, quando não considerarmos a inflação de um período em relação ao outro a análise das variações será nominal. Caso se deseje determinar a variação real, teremos que atualizar o valor mais antigo ou ajustar a valor presente o valor mais recente (descapitalizar).

ATIVO

X0

ÍNDICE

X1

ÍNDICE

Circulante

200

100%

300

150%

Realizável ao longo prazo

300

100%

500

166%

Permanente

500

100%

1.000

200%

 

1.000

 

1.800

 

 Essa análise foi feita nominalmente e podemos constatar que o ativo circulante no período X1 é 150% em relação ao do período X0, isto é, cresceu 50% no período. Esse tipo de verificação (comparação) horizontal permite analisar a evolução no tempo e perceber tendências.

 Na análise vertical, sempre em um mesmo exercício, compara-se a importância relativa de uma conta em relação ao grupo de contas, ou de um grupo de contas em relação ao total do Ativo ou Passivo ou Patrimônio Líquido, ou mesmo de um grupo de Receitas, Custos ou Despesas. No exemplo abaixo, podemos observar e concluir que o Ativo Circulante no exercício X0 é 20% do total do Ativo:

ATIVO

X0

ÍNDICE

Circulante

200

20%

Realizável ao longo prazo

300

30%

Permanente

500

50%

 

1.000

 

Análise por meio de índices

 A análise de balanços é tradicionalmente realizada calculando-se uma série de índices (quocientes) comparando contas ou grupo de contas que incorporam informações sobre liquidez, rentabilidade, endividamento, velocidade de rotação (giro) e outros aspectos relevantes.

 Os índices mais tradicionais carregam informações sobre a situação financeira, econômica e operacional e estão subdivididos nos seguintes grupos:

Índices sobre a situação financeira: esse grupo de índice se subdivide em dois subgrupos, liquidez e estrutura de capitais;

Índices sobre a situação econômica: os índices que tradicionalmente retratam a situação econômica da empresa são os índices de rentabilidade. Rentabilidade é basicamente o retorno sobre determinada referência, então, esses índices, via de regra, tem o numerador menor que o denominador;

• Índices sobre a situação Operacional: nesse grupo existem os índices de rotação e o índice de alavancagem operacional.

Índices sobre a Situação Financeira

Índices de Liquidez

O termo liquidez significa a velocidade com a qual um ativo pode ser convertido em dinheiro. Uma aplicação financeira tem alta liquidez, uma vez que pode ser convertida em dinheiro rapidamente; um veículo tem média liquidez, uma vez que necessitamos de alguns dias para converter seu valor em dinheiro; e um imóvel tem baixa liquidez, uma vez que o tempo para conversão em dinheiro é imprevisível e normalmente longo.

 Índices designados como de liquidez deveriam informar a capacidade imediata de pagamento, mas na verdade informam, em sua grande maioria, a solvência da empresa sob diversos prismas.

Liquidez Imediata

Esse é o único índice que de fato informa liquidez, pois compara as disponibilidades com as dívidas de curto prazo:

Liquidez Imediata (LI) =

Disponibilidades

PC

O índice de fato é um índice de liquidez, mas devemos ficar atentos, porque compara disponibilidades de hoje com dívidas que podem vencer em até um ano.

Interpretação: quanto maior for seu valor, melhor.

Liquidez Corrente ou Comum (LC)

Índice calculado pela razão do ativo circulante pelo passivo circulante e, embora seja o mais tradicional índice de liquidez, não é um cálculo que incorpora a informação de liquidez, mas de solvência de curto prazo. Na verdade esse índice demonstra o quanto de ativos de curto prazo a empresa possui.

O Ativo Circulante tem apenas potencial de ser convertido em dinheiro, mas isso não pode ser assegurado, além do mais, as dívidas do passivo circulante podem estar vencendo nos próximos dias e os recebíveis do ativo circulante ser recebidos em meses, dessa forma esse índice com valor maior do que a unidade pode não significar que a empresa está líquida.

Corrente ou Comum =

AC

PC

Interpretação: quanto maior for seu valor, melhor.

Liquidez Seca (LS) ou Teste Ácido ou Liquidez Ácida

Índice que indica o quanto a empresa possui do chamado ativo circulante líquido, de forma simplificada, exclui-se do ativo circulante o valor dos estoques que são as contas menos líquidas nesse subgrupo do ativo.

Seca ou Teste Ácido =

AC – Estoque

PC

O numerador desse índice também pode ser calculado considerando as disponibilidades, as aplicações financeiras e os clientes com reais possibilidades de conversão em dinheiro, seriam excluídos, portanto, os clientes menos líquidos, as despesas antecipadas e os estoques.

Interpretação: quanto maior for seu valor, melhor.

Liquidez Geral (LG)

Indica o quanto a empresa possui de ativos de curto prazo e longo prazo, isto é, ativos não permanentes (especulativos) para garantir teoricamente as dívidas de curto e longo prazo. É uma visão mais geral de que ativos não permanentes podem garantir as dívidas totais.

Geral ou Total =

AC + ARLP

PC + PNC

Interpretação: quanto maior for seu valor, melhor.

Solvência Geral (SG)

Índice utilizado para indicar o quanto a empresa possui de ativos totais (AT), tanto especulativos (ativo circulante e realizável a prazo) quanto permanentes (Investimentos, Imobilizados e Intangíveis), para honrar as dívidas de curto (PC) e longo prazo (PNC).

É uma visão global de que ativos totais a empresa possui para honrar seu passivo exigível: passivo circulante (PC) e não circulante (PNC). É um índice de solvência e não de liquidez, embora seja conhecido como um indicador de liquidez.

Solvência Geral =

AT

PC + PNC

Interpretação: quanto maior for seu valor, melhor.

Índices de Estrutura de Capitais

Os índices de estrutura de capital são índices estáticos e demonstram a relação entre os capitais de terceiros e outros grupos de contas patrimoniais.

Endividamento Geral (EG)

Serve para indicar o quanto o passivo exigível (dívidas) representa do total de ativos (AT). Em síntese esse índice apresenta a relação do total de capitais de terceiros (passivo exigível: PE = PC + PNC) em relação ao total dos capitais, isto é, passivo total (PT = PE + PL).

Endividamento Geral (EG) =

PE

PT

Interpretação: quanto menor for seu valor, melhor.

Garantia do Capital de Terceiros (GCT)

Esse índice, também designado de participação do capital de terceiros, indica o quanto o patrimônio líquido (capital próprio – PL) é suficiente ou não para honrar o capital de terceiros (passivo exigível – PE).

Garantia do Capital de Terceiros (EG) =

PL

PE

Interpretação: quanto maior for seu valor, melhor.

Índice de Recursos Correntes (RC)

Em análise de balanços, é comum chamarmos o passivo circulante de recursos correntes. Esse índice demonstra o quanto os recursos de terceiros de curto prazo (recursos correntes = PC) representam em relação ao total de capitais que uma empresa obtém junto a seus sócios (PL) e credores (PC + PNC).

Índice de Recursos Correntes (RC) =

PC

PT

Interpretação: Em princípio, quanto menor, melhor.

Imobilização de Recursos Não Correntes (IRNC)

Como designamos o passivo circulante por recursos correntes, a diferença do passivo total (PE + PL) menos o passivo circulante origina os recursos não correntes, que algebricamente são obtidos pelo PNC + PL. Esse índice demonstra o quanto desses recursos estão aplicados no ativo permanente.

Imobilização de Recursos Não Correntes (IRNC) =

AP

PNC + PL

Interpretação: Em princípio, quanto menor, melhor.

Participação das dívidas de curto prazo

Também designado de composição do endividamento, serve para evidenciar o perfil do endividamento, isto é, o quanto das dívidas são dívidas de curto prazo.

Participação das dívidas de curto prazo =

PC

PE (PC + PNC)

Interpretação: Em princípio, quanto menor, melhor.

Participação das dívidas de longo prazo

Índice utilizado para evidenciar o perfil do endividamento, isto é, o quanto das dívidas são dívidas de longo prazo.

Participação das dívidas de longo prazo =

PNC

PE (PC + PNC)

Interpretação: Em princípio, quanto maior, melhor.

Grau de Alavancagem Financeira

O termo alavancagem está associado a endividamento, de forma geral em uma empresa, dívidas devem ser contratadas para trazer benefícios econômicos para a empresa e para seus sócios.

O grau de alavancagem financeira (GAF) é um índice que avalia se o endividamento da empresa é vantajoso ou não. Esse índice é uma razão da rentabilidade com a utilização de capital de terceiros sobre a rentabilidade sem o capital de terceiros:

ATIVO

PASSIVO

 

ATIVO

PL

PL

 

Empresa endividada

Rentabilidade sobre o PL:

LO

PL

 

Empresa endividada

Rentabilidade sobre o PL:

LO + DF

PL = AT

 

Rentabilidade sobre o PL é a razão entre o lucro operacional do exercício e o PL. No caso da empresa não endividada, como as dívidas foram substituídas por capital próprio, o lucro líquido é aumentado pelo valor das despesas financeiras e o patrimônio líquido é igual ao ativo total. Dessa forma, o GAF é a razão da rentabilidade com a utilização de capital de terceiros sobre a rentabilidade sem o capital de terceiros:

GAF =

LO

PL

LO + DF

AT

LO: Lucro Operacional do Exercício

PL: Patrimônio Líquido

DF: Despesa Financeira

AT: Ativo Total

Para exemplificar, imaginemos uma empresa com Ativo de R$ 50.000, Passivo Exigível de R$ 20.000 e PL de R$ 30.000. Caso os juros sobre esse Passivo Exigível sejam de 15% ao ano, a despesa financeira que essa empresa incorreria seria de R$ 3.000. Suponha-se que o Lucro Operacional no período tenha sido de R$ 45.000.

O GAF no exemplo seria de:

GAF =

45.000

30.000

=

1,5

=

1,56

45.000 + 3.000

50.000

0,96

Veja que o endividamento com capital de terceiros acarretou rentabilidade sobre o capital próprio 56% superior à comparada se o capital fosse completamente próprio, a alavancagem financeira foi positiva, portanto considerada favorável.

Analisando do valor do índice podemos dizer:

> 1: Favorável

= 1: Indiferente

< 1: Desfavorável

Isso significa que o valor do GAFé favorável quando o endividamento com capital de terceiros for benéfico para a empresa em função da rentabilidade obtida no negócio. Se for desfavorável, significa que o custo da dívida não é benéfico e seria melhor substituir as dívidas por capital próprio.

Índices sobre a Situação Econômica

Os índices que tradicionalmente retratam a situação econômica da empresa são os índices de rentabilidade. Rentabilidade é basicamente o retorno sobre determinada referência, então, esses índices, via de regra, têm o numerador menor que o denominador.

Margem Bruta (MB)

Serve para comparar o lucro bruto ou lucro com mercadorias com as vendas líquidas.

MB =

Lucro Bruto

Vendas Líquidas

Interpretação: Quanto maior, melhor.

Margem Líquida (ML)

Índice que compara o lucro líquido do exercício com as vendas líquidas.

ML =

Lucro Líquido

Vendas Líquidas

Interpretação: Quanto maior, melhor.

Margem Operacional (MO)

Índice que compara o lucro operacional com as vendas líquidas.

MO =

Lucro Operacional

Vendas Líquidas

Interpretação: Quanto maior, melhor.

Rentabilidade do Patrimônio Líquido (RPL)

Utilizado para comparar o lucro líquido do exercício (LLE) com o capital próprio, isto é, o patrimônio líquido (PL) apurando o retorno sobre o PL. Esse índice tem importância especial para o investidor que deseja comparar a rentabilidade da poupança ou qualquer outra aplicação com o retorno oferecido pelas ações de determinada empresa.

RPL =

LLE

PL

Interpretação: Quanto maior, melhor.

Rentabilidade do Investimento (ROI)

Rentabilidade sobre o investimento é o mesmo que rentabilidade sobre o total das aplicações (ativo total); em inglês, Return On Investment.

ROI =

LLE

AT

AT – Ativo Total (Total dos Investimentos ou aplicações)

Interpretação: Quanto maior, melhor.

Rentabilidade do Ativo Operacional (RAO)

É a rentabilidade medida comparando o lucro operacional (LOP) com o ativo operacional (AO). O ativo operacional é o ativo deduzido dos itens especulativos do circulante, não usuais do ARLP e subgrupo investimento do ANC.

RAO =

LOP

AO

Interpretação: Quanto maior, melhor.

Prazo de retorno econômico do capital investido (PRE)

Uma empresa, quando lucrativa, anuncia lucro ao final de cada exercício, comparando o lucro por ação com o valor investido na aquisição de uma ação, teremos o tempo médio de recuperação econômica do capital investido. Evidentemente, para esse cálculo, levamos em consideração que o lucro se manterá estável.

PRE =

Preço da ação

Lucro por ação

Interpretação: Quanto menor, melhor.

Prazo de retorno financeiro do capital investido (PRF)

Quando uma empresa lucrativa distribui dividendos, podemos comparar os dividendos distribuídos com o valor investido na aquisição de uma ação e termos o tempo médio de recuperação financeira do capital investido. Para esse cálculo levamos em consideração que o lucro se manterá estável. Esse é um índice financeiro, porque de fato estamos calculando o tempo do dinheiro retornando para o “bolso” do investidor.

PRF =

Preço da ação

Dividendos por ação

Interpretação: Quanto menor, melhor.

Índices sobre a Situação Operacional

Basicamente é formado pelos índices de rotação e o índice de alavancagem operacional. Nesses índices é voltado para a rentabilidade da empresa, para o seu potencial de vendas, para sua habilidade de gerar resultados, para a evolução das despesas, etc.

Índices de Rotação e/ou Prazos Médios

São aqueles que em seu cálculo, possuem um item do resultado comparado com outro item do patrimônio.

Prazo médio de rotação dos estoques (PMRE)

Para determinação do prazo médio de rotação dos estoques, é necessário calcular quantas vezes o estoque “gira”, isto é, em média quantas vezes o estoque é vendido e reposto. O giro dos estoques (GE) é calculado verificando-se o total de mercadorias entregues aos clientes (CVM ou CPV) e comparando esse valor com o estoque médio que foi praticado no período em questão.

O estoque médio em um cálculo preciso deveria ser a média dos estoques de todos os meses de um exercício, mas é suficiente calcular a média entre os estoques do final e do início de determinado exercício. Caso não tenhamos o estoque do início de um período, podemos por aproximação considerar que o estoque se manteve constante durante o período e tomamos por base o estoque do último exercício como a média dos estoques.

Então, o GE =

CMV

Estoque médio

Para determinação do prazo médio de rotação dos estoques (PMRE), basta dividir o número de dias de um ano (360 ou 365) pelo número de “giros” do estoque:

PMRE =

360 dias

GE

Interpretação: Quanto menor, melhor.

Prazo médio de rotação dos clientes (PMRC)

Para determinação do prazo médio de rotação dos clientes (contas a receber), calculam-se quantas vezes “gira” o contas a receber em um exercício, isto é, quantas vezes em média recebemos tudo que vendemos a crédito.

Giro dos clientes (GC) é calculado verificando-se o total de vendas a prazo aos clientes, comparado com o valor médio de clientes que foi praticado no período em questão.

O valor médio de cliente em um cálculo preciso deveria ser a média dos clientes de todos os meses de um exercício, mas é suficiente calcular a média entre os clientes do final e do início de determinado exercício. Caso não exista o saldo dos clientes do início do período, pode-se por aproximação considerar que o saldo dos clientes se manteve constante durante todo o período e toma-se por base o saldo dos clientes do último exercício como a média dos clientes.

Então, o GC =

Vendas a prazo

Média dos clientes

Para determinação do prazo médio de rotação dos clientes (PMRC), basta dividir o número de dias de um ano (360 ou 365) pelo número de “giros” dos cliente:

PMRC =

360 dias

GC

Interpretação: Quanto menor, melhor.

Prazo médio de rotação dos fornecedores (PMRF)

Para determinação do prazo médio de rotação dos fornecedores (contas a pagar), calculam-se quantas vezes “gira” o saldo da conta fornecedores em um exercício, isto é, quantas vezes em média a empresa paga tudo que compra a prazo.

O giro do saldo da conta fornecedores (GF) é calculado verificando-se o total de compras a prazo junto aos fornecedores em um exercício, comparado com o valor médio dessa conta no período em questão.

O valor médio do saldo dos fornecedores em um cálculo preciso deveria ser a média dos fornecedores de todos os meses de um exercício, mas é suficiente calcular a média entre o saldo dos fornecedores do final e do início de determinado exercício. Caso não exista o saldo dos fornecedores do início do período, pode-se por aproximação considerar que o saldo dos fornecedores se manteve constante durante todo o período e toma-se por base o saldo dos fornecedores do último exercício como a média dos fornecedores.

Então, o GF =

Compras a prazo

Média dos fornecedores

Para determinação do prazo médio de rotação dos fornecedores (PMRF), basta dividir o número de dias de um ano (360 ou 365) pelo número de “giros” dos fornecedores:

PMRF =

360 dias

GF

Interpretação: Quanto maior, melhor.

Giro do Ativo (GA)

O giro do ativo é um índice que demonstra se uma empresa está realizando vendas compatíveis com o tamanho das aplicações feitas para constituição do ativo. Se as vendas de uma empresa forem R$ 5.000.000,00 e o ativo total for de R$ 2.000.000,00, se o lucro líquido for de 10% sobre as vendas esse investidor vai recuperar o valor aplicado no ativo em 4 anos, o que é razoável. Mas se o total do ativo for de R$ 10.000.000,00, nesse ritmo de R$ 500.000,00 por ano ele vai recuperar o ativo em 20 anos, que é um tempo muito longo.

GA =

Vendas Líquidas

Ativo total

Interpretação: Quanto maior, melhor.

Giro do Ativo Operacional (GAO)

Assim como o Giro do Ativo, esse é um índice que demonstra se uma empresa está realizando vendas compatíveis com o tamanho das aplicações feitas para constituição do ativo operacional. Uma empresa, depois de anos de sucesso, costuma ter seu ativo constituído com itens especulativos, empréstimos a diretores e participações societárias que de fato não representam ativos que colaboram para a geração de caixa (receita). Dessa forma, nesse perfil de empresa, é necessário determinar o ativo operacional e comparar esse ativo às vendas geradas por ele.

GAO =

Vendas Líquidas

Ativo operacional

Interpretação: Quanto maior, melhor.

Giro ou Rotação do Patrimônio Líquido (GPL)

Analogamente a Giro do Ativo, esse índice compara se as vendas são compatíveis com a dimensão do patrimônio líquido.

GPL =

Vendas Líquidas

Patrimônio líquido

Interpretação: Quanto maior, melhor.

Grau de Alavancagem Operacional

Esse índice informa se uma elevação de vendas irá proporcional um equivalente aumento nos lucros ou se uma elevação nas vendas irá reduzir os lucros. Quando uma empresa já está com sua capacidade operacional esgotada, uma elevação nas vendas pode representar uma redução no percentual dos lucros e isso se explica pela necessidade de horas extras e outros custos adicionais.

Quando esse índice for maior do que a unidade, ele indica que a empresa está ociosa e que uma elevação na quantidade vendida representou uma elevação nos lucros em maior proporção.

O índice é calculado pela razão entre a variação do lucro pela variação da quantidade vendida. Quando não for informada a quantidade, podemos adotar a variação da receita de vendas:

GAO =

∆ do Lucro

∆ da Quantidade

Exemplo: Uma empresa obteve no ano X0 vendas de R$ 100.000,00 e lucro operacional de R$ 20.000,00. No ano X1 vendas de R$ 150.000,00 e lucro operacional de R$ 40.000,00. Determinar o GAO.

As vendas aumentaram 50% ($ 100.000 para $ 150.000) e o lucro 100% ($20.000,00 para $ 40.000,00).

GAO =

∆ do Lucro

=

100%

=

1,5

∆ das vendas

50%

Interpretação: Índice maior que 1 (um) significa que as vendas podem aumentar sem comprometer a lucratividade.

Grau de Alavancagem Combinada ou Composta

O grau de alavancagem combinada é o resultado do efeito das alavancagens financeira e operacional:

GAC =

GAF X GAO

5. SINTESE

Com base na solução proposta, entendemos que a mesma servirá de base para a Nobre Consulente analisar quaisquer demonstrações contábeis, tendo em vista, que a Multi-Lex se resguarda apenas em transmitir a base legal ou conteúdo existente, não sendo de sua responsabilidade emitir parecer sobre a situação financeira, econômica ou operacional. Diante da possível situação de análise e aplicação prática “dos índices de endividamento geral ou de “força de alavancagem’, solicitamos o agendamento de uma “consulta presencial” em nossa secretaria.

( ALSC: Revisado em 15/09/15)

6. PESQUISADORES

_______________________

LUCAS BATISTA

Consultor Empresarial

CRC/DF 025788/O-7

_______________________

LILIAN LEMOS

Consultora Empresarial

CRC/DF: 22.993